espelho
a chuva lhe seguia e já começava a não entender a presença do sol. por todos os cantos que ia, lá estava a água do céu caindo. gotas grossas, miudes, atravancadas e solícitas, toros que não acabavam. um dia acordou e compreendeu que a chuva lhe buscava, então, começou a fugir. para países longe, secos, mas lá estava a água inundando sua paisagem. outro dia acordou e se postou na chuva, resolveu prova-la. passou horas, dias e meses se molhando, deixando gotas e gotas correrem no corpo. um dia a chuva parou.
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