terça-feira, 30 de novembro de 2010

porquié que você não vem?


cê acha que alguem consegue dormir com uma tristeza dessas?
quem disse que inteligente é quem muda o tom da energia
quero ver cambia essa
nem com muito sono
nem com trabalho de enxada
meu rosto é outro
que era pra me fazer voar me derrubou
só amanhã cedo
e olha lá
.

A MAIOR MENTIRA DO MUNDO

"nunca me senti tão segura, tem tanto policial na rua!"

espelho

a chuva lhe seguia e já começava a não entender a presença do sol. por todos os cantos que ia, lá estava a água do céu caindo. gotas grossas, miudes, atravancadas e solícitas, toros que não acabavam. um dia acordou e compreendeu que a chuva lhe buscava, então, começou a fugir. para países longe, secos, mas lá estava a água inundando sua paisagem. outro dia acordou e se postou na chuva, resolveu prova-la. passou horas, dias e meses  se molhando, deixando gotas e gotas correrem no corpo. um dia a chuva parou.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


"que bom estar na estrada e escutar o barulho dos meus passos"

mulher colombiana em dia de rede

auto retrato

foto: cyn_ribas


dois tipos de corpos, os mais flexíveis e os não tão flexíveis. falarei destes dois tipos de corpos, mesmo sabendo da quantidade variável de qualidade de corpos.


um corpo sozinho, flexível, acessa a possibilidade do acaso com mais ligeireza, tem uma resposta orgânica mais rápida ao momento, à adaptação. um corpo que se conhece.
acredito que dois ou mais corpos flexíveis possam multiplicar as possibilidades, os acasos, abrir as situações, corpos que se surpreendem. corpos que se conhecem e se reconhecem no outro, abrindo possibilidades.
mas, ao mesmo tempo corpos duros, que se fixam, se moldam, programam o que ainda não aconteceu, se confundem e não confluem na fluidez do acaso, ao invés da adaptação são geradas perguntas "como será?", "será que posso?" ou "será que o outro vai gostar?".
corpos inteligentes são os que moldam sua "energia" de acordo com a situação e a potencializam.
conhecer a si mesmo é abrir portas para a adaptação, sem rancores, sem pré-conceitos.


formas desconstruidas, geram muitos mais formas.

sobre mulheres y montañas

"as mulheres são como as montanhas, de longe não se vê a grandiosidade que são , até que se caminhe para dentro dela"


"na tempestade, no começo, desci correndo de você, muita agua corria, preferi não atrapalhar seu fluxo, deixei você com você"


"depois de grande tempestade quero me molhar de suor, me molhar em seu orvalho"

"fizemos um filho em cima da montaña"

domingo, 28 de novembro de 2010

latinoamericanos è um povo místico, graças a deus

notas sobre aviao

"nuvens aprendem com os passarinhos, seguem aos montes ao sul"

"apareceu um rapaz do lado de fora da janela, fez mímica pedindo um gole de café. mímica perfeita. fui num impulso dar lhe de meu copo, mas minha mão enconrou a janela blindada e o café chorou no cobertor da companhia"

" no avião, a cabeça dos vuadores ficam displicentemente saltadas das poltronas. grita um menino - cadê a careca do meu pai?"

"como è que funciona um avião?"

"dois carecas se cruzaram no corredor, um passageiro outro aeromoço
- oi
- oi"

"169, 170, 171, 172, 173.....a criança conta coisinhas deitada no chão da aeronave"

sábado, 27 de novembro de 2010

elizabeth, horas do dia

12 horas telefone na orelha
11:03 horas indo, na procura
10 horas dois telefones na orelha
6:34 horas olhando sem pensar


3:06 horas decidindo
2:42 horas andando de taxi


1:30:06 horas escolhendo, será que vai ficar bom?





00:23 horas lendo
00:03 horas o que seria conhecer alguém fora do telefone
00:03" horas tomando decisões

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

kkkkkkkkkkkkkzew

louco de ser escrito, em si para todos
 de acrescentar coisinhas
 que manda meu coracao
 sao todas minhas e suas tambem
 só quero te alegrar
 é coisa minha moça
 desenha de palavra
 faz um bem
 desenho aquela que me quer bem

(cancao pra daqui a poco)

agora

agora, agora mesmo, isso mesmo mesmo agora
agora nao existe ja foi para outro lugar
 é materia que cai na cabeca de meu primo
 sonoplastia da solidão
 se assim estou agora
mesmo agorinha
 a chuva cai la fora e nem é chuva
 isso tudinho agora

notas sobre uma cidade

"esta ficando baixa demais, estao construindo pontes que chegam no ceu"

"ha beleza molhada"

"desarmado olhar experiencia constante"

 "predios vermelhos e branco salta um homem da janela pelo vermelho da janela"


 "a arte da fila"

 "planejando tambem se chega atrazado"(nota de um viajante atrazado)

 "chegando atrazado ganha-se um dia"

 "trez vezes dois chapeuzes no cabide"

"os japoneses andam muito bem de metro"

domingo, 21 de novembro de 2010

trombone de frutas e folhabranca

MaratSade, encontro lindo entre  o grupo folhabranca de teatro e trombone de frutas. Alexandre Bonin mestre dos disfarces da composiçao. Vale a vida.

aghora

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beijos, sempre seu

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

chuva

meu signo caiu numa poça d´agua
eu estava pedalando e fiquei 3 meses sem ele
ontem uma senhora bateu na minha porta com meu signo na mão, dizendo que ele tinha constipado com as diretas chuvas em curitiba, mas já estava melhor.
agradeci a senhora com sucrilhos muido que tinha.
levei meu signo para cama, ele descançou da chuva com sol
hoje já saimos para pedalar

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


foto :cyn_ribas

eu sempre pedalei demasiadamente. na escola eu tirava os 4 primeiros lugares, sentava de pé na bici dentro da sala, até que um dia a profe disse "as suas ideias são atazanadas" a bici avançou na profe, os numeros do quadro cairam no chão e uma das meninas perdeu o perfume do corpo. a bici me carregou, estamos a 6 anos pedalando.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

VIRADO CULTURAL

a virada cultural em Curita foi linda, Paulinho da Viola, Hermeto, Arrigo e Bicicletario Livre, fora as pedaladas a deriva. textos que me trombaram e ficaram na carne da pele.

"reciprocidade mental" 


"trombei com um chapéus"


"o problema é a paixão pelas coisas" será?


"coadjuvante de cenas pitorescas"


"a anca é o volante do corpo"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

holy moment (roli momenti)


foto: constance

Cronica Da massa X

“tinha idéias subversivas sobre vários assuntos”
assim que Zavaleta começou com aquela pesquisa profunda sobre deixar o campo da visão. Sim! não ver nada! Colocar uma venda nos olhos até o resto da vida!
Claro que não foi o que ele fez!
Ficou se enrolando para achar sua toca.
Obs. toca tricolor (azul jazz, laranja chinatown e amarelo maia) tricotada manualmente por sua bisavó,que por sua vez tinha uma impecável noção de cores, parecia ter uma paleta mágica no cérebro.
Pegou a toca e se dirigiu com sua bike até a Rua Peter Newell, famosa pela inclinação acentuada.
Fechou seus olhos e desceu.
Se conseguiu, não sei.
Ao menos começou a tal pesquisa.
Via a máquina do sol.
Bebia Saquê.
Fumava haxixe, aliás, um dia desses vi 2 quilos na casa dele e falei.
-Os cães policiais sentem o cheiro de dessa porra de longe .
Não deu outra, Zavaleta moldando argila  úmida, e eu lá, super chapado sentado na poltrona.
Um incenso indiano de mel queimando confundia o olfato.
Policia Civil
Fui abrir a porta lentamente.
Dois canas e um pastor alemão.
O canino me farejando louco para morder minhas bolas.
Lembro que o cana mais experiente elogiando as esculturas na prateleira.
Olhei para todo os lados procurando aquela bolota de 2 kilos e não achava.
Olhei pra Zavaleta, ele com um olhar calmo limpando as mãos na toalha falou.
-Que belo cão!
O animal latindo com aquela voz de cão rude em direção  da mesa  em qual Zavaleta moldava.
Sim! estava lá a bolota de haxixe moldada as presas ( forma de uma cabeça).
Zavaleta soltou.
-A vizinha pensa que sou jigolô, deve ter ligado pra vocês.
O policial pergunta.
O que é isso que você esta moldando?
-É uma argila nova que eu comprei no inteior.
-Lógico!Mas o que é ?
Logo Zavaleta mudou a expressão em câmera lenta e falou.
-O que você vê? Vejo que você tem um olhar bom pra arte. Você é artista alem de policial?
-Bem eu fiz umas aquarelas quando jovem.
-Ótimo!Temos um artista nato aqui!
Depois de 4 horas escutando aquela conversa misturada com cheiro de mel comecei a relaxar, relaxei tanto que cai no sono.
Acordei.
Os canas nem estavam mais lá.
Só Zavaleta rindo com aquele haxixe moldado.
Perguntei-me.
Será que conseguiu descer a rua inclinada de olhos fechados?


relatos de Botjão Asumpssão - arte rimon guimarães

terça-feira, 2 de novembro de 2010

memorias do sargento th

aisten inventou o metronomo, entregou a betoven. betoven não sabia usar, tocava aleatoreamente. os musicos seguiam no pulso.

memorias do sargento th

dias de sol

o aisten inventou o aparelho mid, jogou na mão do betovee  e morreu antes de ver funcionando de ver funcionando. e o betovee não contou nada depois de encontra-ló.


betinho, pulloven, okitober
voc^ já se parrou para perguntar " porque que está fazendo isso "      ?



o homem inventou o tempo para viver sempre em outro lugar,
"o momento nunca passa, o momento sempre está aqui agora" disse meu pai