sábado, 5 de junho de 2010

carta a um amigo

caro amigo senhor albano reis

sinto a mudança em mim, no meu corpo, principalmente o tratamento que estou com o mundo, as coisas, os elementos e suas tensões.

o modo como escuto musica (principalmente porque?), que encaro o teatro ou como transformo elementos para gerar algo meu, e se meu, do mundo. esse modo mudou.

nos temos essa capacidade de sermos ansiosos. eu sou. lido melhor com ela. ela, a ansiedade. essa moça bonita que vem correndo bem loca e gritando "vamos, vamos". sem o pé no chão eu já fui, mas tendo a opção de poder estar calcado nos ladrilhos de mim, posso ficar. os dois são deliciosos.

questão que ainda me incomoda é como lidar com minha energia (de profusão, fazer) para todos lados que me habilito a criar. hoje estou muito mais plastico, em relação com as formas e padrões. não que a musica não seja plástica tambem, mas hoje meu desejo é um "concreto"...........e tambem não sei se minto pra mim te escrevendo isso.

estou mais perto da pintura, escultura e do corpo e mais longe da musica tocada (mas aprendo a escutar, o que nunca havia feito)

voce acha que nossa energia é esgotavel, mesmo transitando em varios territorios? acredito que sim, mas ainda a minha vontade é fazer tudo, algumas coisas (areas da arte) mais que as outras e nesse momento, desses momentos, meu corpo baqueia e eu me irrito, fico desgastado e não consigo chegar nesses lugares que transito.

agradeço ainda o café. está de grande reverberação.

grande abraço

albano reis

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